O peixe Matrinchã é, sem dúvida, um dos mais admirados por pescadores amadores em todo o Brasil. Ágil, esperto e de briga intensa, ele é conhecido por oferecer uma pesca esportiva desafiadora e prazerosa. Habita rios de águas claras e bem oxigenadas, principalmente nas bacias Amazônica e do Rio Tocantins-Araguaia.
Além de ser um símbolo de resistência nos rios brasileiros, a Matrinchã desperta fascínio por seu comportamento imprevisível, exigindo técnica e paciência de quem deseja fisgá-lo.
Este guia completo reúne informações práticas e orientações especializadas sobre o comportamento da Matrinchã, as técnicas e os melhores equipamentos para pescar esse peixe tão admirado.
A Matrinchã é um peixe nativo da América do Sul, com maior ocorrência nos rios da Amazônia, Araguaia, Tocantins e São Francisco. Gosta de ambientes de correnteza moderada e águas transparentes, onde se alimenta e se reproduz com facilidade.
Sua popularidade cresceu entre pescadores amadores graças à sua força e velocidade, tornando-se um dos troféus mais cobiçados da pesca esportiva.
A Matrinchã apresenta corpo alongado, coloração prateada e nadadeiras avermelhadas. Pode atingir até 80 cm de comprimento e pesar mais de 5 kg, dependendo da região e da alimentação disponível.
A Matrinchã é um peixe onívoro oportunista. Isso significa que ela se alimenta tanto de frutas e sementes caídas na água (como goiaba e jenipapo) quanto de pequenos insetos, crustáceos e peixes menores.
Essa versatilidade o torna um desafio interessante, pois ela muda de comportamento conforme o ambiente e o tipo de alimento disponível.
Durante a maior parte do dia, a Matrinchã permanece em áreas de média profundidade, explorando o entorno em busca de alimento. Em períodos de cheia, costuma subir aos igarapés e margens inundadas para aproveitar frutas e sementes.
Nos horários de maior atividade — geralmente de manhã cedo e no fim da tarde — torna-se mais agressiva e propensa a atacar iscas em movimento.
Prefere águas correntes, claras e bem oxigenadas, com presença de vegetação nas margens. Gosta de áreas com galhos submersos, pedras e remansos, onde pode se proteger e emboscar presas.
Em rios maiores, costuma se concentrar nas corredeiras e nas bocas de afluentes, onde há maior fluxo de alimento.
O comportamento da Matrinchã varia conforme a estação:
Esta é a seção mais importante para o pescador esportivo. Dominar a técnica é fundamental para ter sucesso.
Os horários ideais são o amanhecer e o entardecer, quando o peixe está mais ativo. Dias nublados e com temperatura amena costumam favorecer a pesca, pois a Matrinchã se sente mais confiante para atacar.
Por ser onívora, a Matrinchã ataca uma grande variedade de iscas.
O segredo está no movimento: A Matrinchã é atraída por iscas rápidas e erráticas, que simulam o comportamento de presas em fuga ou insetos caindo na água.
O sucesso depende da precisão. Arremesse próximo a galhadas, margens com vegetação e remansos.
Faça recolhimentos curtos e rápidos, alternando pausas para provocar o ataque. Treinar o “toque de ponta de vara” é essencial para dar vida à isca e simular o nado de uma presa real.
Muitos destinos oferecem pacotes de pesca esportiva com devolução obrigatória (pesque e solte), incentivando a preservação da espécie e o turismo responsável.
É obrigatório possuir a Licença de Pesca Amadora, emitida pelo órgão competente (geralmente federal ou estadual, como o IBAMA).
Além disso, cada estado possui seus períodos de defeso (época de reprodução em que a pesca é proibida) e tamanhos mínimos de captura. Informe-se sempre antes de viajar.
1. A Matrinchã é boa para consumo? Sim, sua carne é saborosa e bastante apreciada, especialmente assada ou frita.
2. Qual isca artificial mais eficiente para Matrinchã? As iscas de superfície (como Sticks e Zaras) trabalhadas de forma rápida são as favoritas para uma pesca emocionante.
3. Pode pescar Matrinchã durante o defeso? Não. O período de defeso é protegido por lei para garantir a reprodução da espécie.
4. Onde encontrar os maiores exemplares de Matrinchã? Os maiores troféus são frequentemente encontrados nos rios Araguaia e Tocantins.
5. Qual técnica funciona melhor para iniciantes? A pesca com iscas naturais (frutas) próximas às margens costuma ser a mais simples e produtiva para quem está começando.
6. É possível criar Matrinchã em cativeiro? Sim, e sua criação tem crescido em pisciculturas pelo país, tanto para consumo quanto para “pesque-pagues”.
Pescar a Matrinchã é mais do que um desafio técnico — é uma experiência que conecta o pescador à natureza selvagem. Sua força, agilidade e esperteza fazem dele um adversário digno e um verdadeiro símbolo da pesca esportiva brasileira.
Com o uso das técnicas corretas, respeito às leis ambientais e a prática do pesque e solte, qualquer pescador amador pode viver momentos inesquecíveis nas águas onde a Matrinchã reina soberana.
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